...o USO DE ESTOLAS COMO ORNAMENTO...


Usar estolas[i]  como ornamento no ambiente litúrgico ou para qualquer outro ambiente é certo?

NÃO!

Desde a muito tempo e de forma sucinta o relativismo se instaurou no do seio da Igreja e seus diversos ambientes, físicos e/ou espirituais.

Reflexo claro de como os católicos se deixaram influenciar pelas novidades do mundo, e esqueceram-se que na verdade devem moldar a sociedade pela sua conduta cristã católica.

O mal do relativismo caiu como uma bomba atômica no ambiente litúrgico, o tesouro da Tradição Católica.

Usa-se tudo para os atos litúrgicos; desde uma mesa de cozinha, a um talher.

Desde uma toalha de mesa, a uma cadeira de sala.

Usa-se os objetos litúrgicos para tudo.

Desde túnicas para peças teatrais, como incenso para orações fora dos ritos litúrgicos.

Desde batinas para ensaios, como estolas para ornamentação litúrgica.

Então, vemos o problema por dois modos:

Os objetos litúrgicos descentralizados da sua função exclusiva para usos profanos, assim como, objetos profanos utilizados no ambiente sagrado.

Isso é grave!

Podemos observar desde o antigo testamento, o zelo do Senhor por sua casa, e já no novo testamento o zelo de Jesus pela casa de Deus. Antes o próprio Deus separou uma tribo exclusiva (a tribo de Levi) para os atos litúrgicos. SOMENTE e SOMENTE, desta tripo saíam os responsáveis pelos sacrifícios, abluções, purificações, procissões, etc. Vemos daí como a liturgia é algo caro, para fomentar no espírito humano a graça da proximidade com Deus. “Relativize-se isso e tudo desmorona”, dizem os inimigos da Igreja.

Partindo do ponto da reflexão sobre se é certo utilizar a estola para ornamentar qualquer ambiente, mesmo dentro da igreja, é certo ou errado, refletimos sobre algo muito mais grave, o relativismo. Com isso sabemos que o profano não deve se misturar ao sagrado, ou seja, nada que se usa nos ambientes ordinários do cotidiano humano deve entrar de forma irrefletida nos ambientes sagrados. Assim também, nada dos objetos litúrgicos (sagrados) devem ser utilizados nas ocasiões ordinárias do cotidiano humano.

A verdade é que tudo começou quando os objetos próprios ao culto litúrgico[ii] (sagrado), passaram a não ter obrigação de consagração - vide, Ritual de Bênçãos [iii] - .

O problema só se resolverá quando verdadeiros catequistas se colocarem a ensinar, sem medo de desagradar a um ou a outro relativista.

 

Pax Iesu, et amore Mariae!

 

 

(Por:  David Silva Ferreira)



[i] ESTOLA: Veste litúrgica destinada ao uso exclusivo do sacerdote em atos exclusivamente de caráter sacerdotal: administração dos sacramentos e sacramentais. Representa o poder sacerdotal, dado ao consagrado, por Cristo pela imposição das mãos do bispo. Para mais, conferir dicionário litúrgico – Sabino Loyola, 1995, 2a Edição, pág.255; ou internet.

[ii] OBJETOS LITÚRGICO, OBJETOS SACROS OU SAGRADOS, OU ALFAIAS LITÚRGICAS: São todo os conjunto de objetos utilizados para o bom andamentos dos ritos litúrgicos. Ex. Cálice, Cruz Processional, Corporal, Estola, Casula, etc. Para mais: conferir dicionário litúrgico – Sabino Loyola, 1995, 2a Edição, pág.54; ou internet.

[iii] RITUAL DE BÊNÇÃOS OU BENDICIONAL OU SIMPLEMENTE RITUAL: Livro litúrgico exclusivo do sacerdote (bispo, diácono, ou padre), utilizado para conferir as rubricas que comandam a realização dos ritos para bênção e consagração de todos os tipos. Para mais: conferir dicionário litúrgico – Sabino Loyola, 1995, 2a Edição. Pág.537; ou pela internet.


 

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