História da
devoção a Nossa Senhora Carmelo (Carmo)
Esta piíssima devoção tem suas origens mesmo no Antigo Testamento
e remonta como principal iniciador o profeta Elias e seus seguidores posteriormente.
Este profeta viveu na palestina no século IX a.C (século 9 antes de Cristo),
especialmente no Monte Carmelo na costa do Mar Mediterrâneo.
Dois fatos são imprescindíveis saber para compreender a
relação do profeta com a Virgem Maria e com a Ordem e a devoção do Carmo: A vitória sobre os sacerdotes idólatras de
Baal no tempo do rei Acabe (860-852 a.C). Depois da seca que castigou os israelitas,
matar os sacerdotes de Baal, Elias rogou a Deus que abrisse os céus para cair
chuva, foi quando percebeu uma pequenina e aparentemente insignificante
nuvenzinha vinda o Mar que logo cresceu tomando proporções de fazer descer uma
chuva abundante. Por uma inspiração divina Elias logo viu que tal nuvem era a
figura da Mãe do Messias.
É em Santo Antônio Maria Claret que sabemos por inspiração
Divina Elias e seus discípulos em especial seu substituto Eliseu, passaram a
morar no Monte Carmelo e ali se prescreveu certas regras de jejum, abstinência,
orações e outros exercícios de piedade que os diferenciavam dos “religiosos”
comuns de Israel, passaram até a se chamar “filhos dos profetas” daí podemos
deduzir que estar formaram o que caracteriza a “Ordem do Carmelo” que perdurou.
Ora, no dia de Pentecostes, como se sabe que os Apóstolos de
Nosso Senhor e também a Santíssima Virgem junto deles realizavam prodígios com
meras orações à Jesus, realizavam inúmeros prodígios, sabe-se, segundo a tradição,
que aqueles que seguiam a Elias e Eliseu e que foram preparados por João Batista,
converteram-se ao Evangelho e foram os primeiros a ter uma estima e um zelo
pelo contato que tiveram com a Santíssima Virgem, protetora de sua Ordem, anda
em Vida. Estes foram os primeiros a elevar uma capela no Monte Carmelo a
Santíssima Virgem, e ali passaram a se reunir para render louvores, orações e
honras à Santíssima Virgem, com o tempo passaram se chamar “Irmãos de Nossa
Senhora do Monte Carmelo”. Assim os seguidores de Elias, converteram-se ao
Evangelho e após conhecerem a Santa Virgem consagraram-se totalmente a Ela.
Esta Ordem foi a mais antiga favorecida por Deus e pela
Santa Sé. A Ordem desde o séc. I, a Ordem foi povoada por monges que se
retiravam para a Palestina e abraçavam as práticas e exercícios da vida
religiosa, uns em comunidade outros solitários, mas todos em comum tinham a
devoção a Santíssima Virgem e visitavam assiduamente Sua capela. Daí nasce a
Confraria de Nossa Senhora do monte Carmelo que surgiu em meados do séc. IX.
Foi então o Papa Leão IV que concedeu indulgências à Ordem do Carmo no ano de
847.
O mundo e a maldade de Satanaz fizeram investidas a estes
religiosos que por perseguição dos sarracenos (Árabes) estabeleceram-se na
Europa e que pelo rei São Luis IX da França ao voltar de sua primeira Cruzada
os trouxe da Palestina para a França. Essa perseguição perdurou como a toda
obra santa sofre duras perseguições. Influentes da Igreja quiseram também a
todo custo suprimi-la; tão furiosa foi essas perseguições que o Papa Honório III
(1216-1227) decide suprimi-la. Mas a antíssima Virgem lhe aparece em sonhos e o
adverte para não ceder aos que investiam contra esta Ordem e para confirmar
disse ao Papa que dois de seus principais conselheiros que perseguiam a Ordem
morreriam no sono e de repente. Assim
ocorreu. O Papa reuniu, então, seu Colégio Cardinalício, referiu os desejos de
Nossa Senhora em relação a Ordem de Nossa Senhora do monte Carmelo, aprovando-a
e dando-lhe uma Regra por meio de uma bula em 30 de janeiro 1226.
O Escapulário (16 de
JULHO Festa de Nossa Senhora do Monte Carmelo).
Ainda em meio à perseguições e para barras essas malignas investidas
de todos os lados a Santíssima Virgem mais uma vez concede novo privilégio à
Sua Ordem e em 16 de julho de 1251 a Mãe Santíssima aparece a São Simão Stock,
carmelita inglês, general das Carmelitas do Ocidente, entrega-lhe a insígnia do
Santo Escapulário dizendo: “Recebe,
amadíssimo filho meu, este escapulário da tua ordem, como o sinal distintivo de
minha Confraria e o sinal do privilégio que obtive para ti e para todos os
carmelitas: quem morre dele revestido não padecerá o fogo eterno. Eis aqui o
sinal da salvação, salvaguarda dos perigos, e o penhor de uma paz e de uma
proteção especial até o fim dos séculos”.
Depois desta graça, São Simão
comunicou a boa nova a todas as instituições da Ordem e aí a devoção e os seus
religiosos aumentaram consideravelmente e as perseguições cessaram.
Ainda em 1314 a Santíssima Virgem
aparece ao papa João XXII dizendo ainda essas consoladoras palavras: “Quero que anuncies que a todos aqueles que, por devoção, entrarem na
minha Confraria do Carmo e vestirem o meu Escapulário…, Eu, como Mãe de
Misericórdia, por meio de minhas orações, méritos e proteção especial,
conceder-lhes-ei que sejam livres de suas penas no Purgatório no sábado
imediato após sua morte, transladando-os dali para a bem-aventurança eterna”.
Foi então que o Papa promulgou a Bula
“Sabatina” a qual posteriormente outros papas não tardaram em continuar a
encher de mais indulgências a devoção; Alexandre V, Clemente VII, Paulo III,
São Pio V e Gregório XIII.
Ao portar-se o Escapulário nossa
Senhora nos concede duas grandes graças: a salvação eterna e a graça de sair
logo no sábado seguinte a morte, do Purgatório. Para se obter esses privilégios
podemos assim os resumir: 1º receber a
imposição do Escapulário de um sacerdote com poder para impô-lo, e levá-lo
sempre devotadamente, isto é, como expressão de devoção a Nossa Senhora (esta
primeira condição é a única requerida para conquistar o primeiro privilégio;
para ganhar o segundo requerem-se outros três): 2º guardar castidade segundo o
próprio estado de vida; 3º rezar diariamente o Ofício Parvo, para os que sabem
ler, que costuma ser comutado pela recitação diária do Santo Rosário; 4º para
os que não sabem ler, observar jejum e abstinência todas as quartas, sextas e
sábados do ano.
Devoção da comunhão reparadora dos primeiros
Sábados
“Prometo
assistir na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação de sua
alma, todos aqueles que, nos primeiros sábados, durante cinco meses,
confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem o Rosário e me fizerem
companhia durante quinze minutos, meditando sobre os mistérios do Rosário, com
espírito de reparação”.
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Texto: David da Silva
REFERÊNCIAS:
(resumo feito de texto
produzido pelo blog: Dominus est – http://www.catolicosribeiraopreto.com/historia-da-invocacao-da-virgem-do-carmo/)
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