Fotografia: Globo.com

SOBRE O FUNK COMO MANIFESTAÇÃO CULTURAL

Sabemos que a música com seus diversos estilos são uma manifestação palpável da comunicação entre as pessoas de uma determinada sociedade e está intrinsecamente ligada à cultura de um povo. Uma das marcas que registram uma época cultural é a música. Como instrumento de comunicação a música tem força de levar uma informação para uma massa (pessoas) com uma força e eficiência impressionantes. Dado que essa é uma realidade mundial, falaremos sobre um estilo de música que hoje está em alta e tem seus prós e contras. O FUNK. O estilo de música Funk, como o próprio nome mostra tem sua origem não no Brasil, apesar de ser amplamente consumido em todo o país. As origens do Funk remontam a década de 60 na America do Norte, especificamente em Nova York, nos EUA. Ao falarmos em seu aparecimento, temos de falar em vários pioneiros do estilo, mas um se destaca em especial. James Brown. O Funk na sua origem já vem como uma mistura de estilos culturais americanos em alta na época como o Blues, Jazz, Soul e o Góspel. Passados que foram os tempos, o Funk continuou se fundindo com outros estilos norte-americanos e se modificando como com o estilo eletrônico. Espalhou-se pelo mundo, e ainda nos EUA, se misturou com o Hip Hop e o Rap, estilos musicais provenientes das comunidades negras e pobres mas não exclusivas desta parte da população. No Brasil o Funk chega por volta da década de 80 com Tim Maia, já misturado com o estilo eletrônico. Também muito se envolveu com estilo do Rock. Um dos objetivos do Funk quando passou a se misturar com o Rap e Hip Hop ainda nos EUA, era passar uma mensagem de justiça mas também passou a servir de mensagem de ostentação de riquezas e mulheres por homens em especial. Às vezes se exploravam mensagens de violência e dominação também, com a realidade dos Gangsters. No Brasil não foi diferente, aderido em massa pela comunidade negra e pobre especialmente das periferias e favelas, o funk teve sua consolidação no Rio de Janeiro dando origem aos Bailes-Funk. O funk assim como o Rap e Hip Hop, no em seu limiar no Brasil tiveram como principal teor, o Drama, o Romance, denúncias da vida sofrida da favela, pedidos pela justiça com músicas como a muito conhecida "Eu só quero é ser feliz" e também denúncias da violência. Muitas também tinha como objetivo conscientizar os mais jovens a não se envolver com o crime. Entretanto, a partir da década de 90, com o aumento da violência, do tráfico de drogas, do poder dos traficantes sobre as áreas de favela, o Funk se tornou em muito, um instrumento para passar a mensagem do poderio do tráfico, além de refletir em sua grande parte mensagens depreciativas em relação à mulher, quando se lançam músicas como essas que tem como título " Adestrador de cadela" ou " Piranha safada", com o sucesso dos "Funk's Proibidão", este tipo de música tornou-se cada vez mais aceitável, e o que significa isso senão um claro sinal da depravação cultural brasileira? Com isso, é certamente que o Funk é uma manifestação artística e cultural de um povo em uma determinada época cultural, entretanto no caso do Funk e de muitos outros estilos musicais na nossa época é notório o desrespeito (no conteúdo de suas letras) a essa nação negra, pobre, favelada, cheia de problemas, com a dignidade ferida, que merece assistência humanitária integral. O curioso que é essa mesa gente nega pobre, vítima de preconceito que mais aceita os Funk’s com suas letras depravadas. Ora, um instrumento que foi originado para servir bem, pode muito bem, por pessoas de má índole usar para o mal. O Funk não deixa e nem deixará de ser uma marca da manifestação cultural brasileira em seu estilo, mas em mãos erradas torna-se impossível que um povo seja reconhecido pela depravação. Legitimar qualquer estilo musical que faça apologia no conteúdo de suas letras às drogas, à pornografia, à prostituição, não pode ser aceita como marca da cultura de um povo. Quando pensamos em cultura, pensamos numa característica epocal de um povo positivamente, mas o Funk e muitas outros estilos servem não a cultura  nos dias de hoje, mas servem ao que mais deveria se repudiar, violência, crime, luxuria, pornografia, prostituição. Ouvir Funk, hoje, mas também qualquer estilo de música que o conteúdo de sua letra tem as finalidades mencionadas há duas linhas anteriores, é o mesmo que deformar sua mente, sua inteligência, sua memória contaminando-a com imagens de violência aceitável, pornografia, prostituição, luxúria. É inconcebível a qualquer pessoa gostar de escutar este tipo de música, é intolerável a um cristão escutá-los.

 

 

 

 

 

 

 

Complemento: Isso é o mínimo.

 

Onde se pode ver cultura aqui? Programa Regina Casé https://www.youtube.com/watch?v=A2ths-MdkUM

“Cultura” que chega aos jovens e ás crianças: https://www.youtube.com/watch?v=CZLJbJ94pUk

.

.

Autor: David da Silva Ferreira


 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

...COMO SANTIFICAR O DOMINGO QUANDO NÃO SE PODE IR A MISSA...